26 Ago 2015 – Cicloviagem – Curitiba/PR -> Jundiaí/SP

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Planejamento

Depois do churrasco com a turma do NPOR de Artilharia de 1991, fiquei pensando sobre a volta para Jundiaí. Como estava “com tempo”, pedi ao mecânico para revisar a bike em dois dias — se ele conseguisse, eu voltaria pedalando para casa.

Desafio aceito! A bike ficou pronta no final da terça-feira (cheguei em Curitiba no sábado). Com tudo definido — alimentação, equipamentos e percurso — tracei o plano: sair de Curitiba pela BR-116 até Jacupiranga, seguir para Juquiá, subir a Serra da Cabeça da Anta até Piedade e, finalmente, fazer o trecho final até Jundiaí. Três dias de pedal e muitas histórias pela frente!

Dia 1

Saí de Curitiba na quarta-feira logo cedo e segui pela canaleta de ônibus, do Pinheirinho até o Atuba. Lá, fiz a foto oficial e parti pela BR-116.

O pedal foi tranquilo, mesmo com a quilometragem alta. Pedalar na BR tem uma vantagem: as subidas são mais suaves, já que são pensadas para os caminhões — o que ajuda a manter um bom ritmo.

Seis horas depois, já estava na divisa do Paraná com São Paulo, com 100 km pedalados. O dia nublado ajudou bastante, e o visual foi sensacional! Segui registrando tudo com fotos e vídeos até chegar a Jacupiranga, após 210 kms em 13 horas de pedal.

Dia 2

O segundo dia começou com chuva desde cedo. Saí após o café, por volta das 7h30, e segui sendo balançado pelos caminhões até a saída da BR-116 em Juquiá.

Parei para comer uma coxinha, já pensando no desafio que viria pela frente: a subida da Serra da Cabeça da Anta, que até então eu só havia feito de carro.

Apesar da chuva e do asfalto estreito, o pedal fluiu bem. Passei pelo restaurante com o mesmo nome da serra e continuei subindo. No meio do caminho, parei numa venda para comer algo, e a senhora me disse:

“Você é louco de fazer isso sozinho!”

É difícil explicar a motivação — no meu caso, é o desafio que me move.

A serra parecia não ter fim. Passei por Tapiraí já no final do dia, mas decidi seguir até Piedade, chegando por volta das 21h, depois de 3 horas pedalando à noite. Foram 160 kms em 14 horas.

Infelizmente, o GPS só registrou o percurso até esse ponto, porque quis deixar tudo em um único arquivo — que acabou ficando grande demais. Paciência… faz parte da aventura!

Dia 3

Saí de Piedade um pouco mais tarde, por volta das 9h, em direção a Sorocaba. Desta vez encontrei um caminho mais curto e consegui evitar o centro da cidade.

Mesmo com as assaduras da chuva do dia anterior e um calcanhar inflamado, segui firme, passei por Itu, Itupeva até Jundiaí, onde finalizei o pedal perto das 17h.

Foram 110 km em 7h40 de pedal no último dia.

Desafio concluído!
Esse foi, sem dúvida, um dos pedais mais intensos — muito desgaste acumulado, longas distâncias diárias, mas também uma sensação incrível de superação.
Mais uma vez, a conclusão é a mesma: foi sofrido, mas foi sensacional! 🚴‍♂️🔥